“Enrolar-se:
pensar de um jeito e fazer exatamente ao contrário. Não sei por que a gente se enrola tanto. Diz o que não
quer, não diz o que deveria e, quando se dá conta... Tudo o que pedi foi um
amor fofo. Um amor coloridinho. Mas ninguém me disse que EU é que teria que colorir, né? Sinceramente, esperava bem mais
desse tal de amor.”
A autora Isabela Freitas depois de se
apegar e se iludir acaba por se enrolar com ninguém melhor do que seu grande
amigo Pedro. Mas como não se enrolar com um protagonista tão perfeito que nem
Pedro Miller?
Após o sucesso de seu primeiro livro “Não se
apega, não” , Isabela explodiu como uma das autoras mais vendidas no Brasil,
tanto que seu segundo livro “Não se iluda, não” bateu o recorde de mais
de 1 milhão de cópias vendidas. Agora, Isabela lança seu terceiro livro Não se enrola, não, apresentando uma capa sugestiva num salmão
fluorescente que, sem ofensas, é mais bonita
pessoalmente.
Nesta obra, a autora se vale das ferramentas utilizadas nos livros anteriores: frases a cada novo capítulo, a intercalação de textos sobre relacionamentos e histórias engraçadas e trágicas da vida da autora que, uma vez mais, consegue criar uma dinâmica leve e ao mesmo tempo emocionante durante todo o desenrolar da história, sem contar das famosas 20 regras que, como das vezes anteriores, reforça o tema do livro.
Nesta obra, a autora se vale das ferramentas utilizadas nos livros anteriores: frases a cada novo capítulo, a intercalação de textos sobre relacionamentos e histórias engraçadas e trágicas da vida da autora que, uma vez mais, consegue criar uma dinâmica leve e ao mesmo tempo emocionante durante todo o desenrolar da história, sem contar das famosas 20 regras que, como das vezes anteriores, reforça o tema do livro.
Logo no
início o
leitor vai encontrar uma Isabela
mais adulta, mais divertida, engraçada,
única e apaixonada, mas também mais
focada em conseguir alcançar seus objetivos, assim a vida de Isabela dá uma
completa reviravolta, abandona o curso de direito, deixa a casa dos pais, em
Juiz de Fora (MG), muda para São Paulo e logo conquista um emprego numa
badalada revista on-line.
O legal de tomar caminhos errados é que a gente sempre
pode parar e dizer: “Ei, por que você tá aqui mesmo? ...Assuma o controle da
sua vida e mude. Mas mude agora mesmo.” E adivinha? Você pode fazer isso a
qualquer hora. Em qualquer idade. Não importa. Não existe momento certo para
decidir o que é melhor para sua felicidade. E foi isto que fiz: decidi que...
Ao seu lado, seu melhor
amigo, Pedro Miller, que também se muda para São Paulo para correr atrás do seu
sonho: Tornar-se músico. Os dois coincidentemente ou não, acabam morando no
mesmo condomínio e é aí que Isabela se embola toda, pois apenas amizade entre
os dois já não está sendo o suficiente.
“Misturar amor com amizade é uma combinação perigosa.
Você pode se encantar mais do que gostaria.”
Amizade? Não, não é apenas
amizade. Então é namoro? Não, não é namoro. É algo muito mais enrolado, um
relacionamento sem um nome definido. Um “isso”, como diz a personagem. Embora
não tenha coragem de confessar seus sentimentos, Isabela sabe que está
perdidamente apaixonada pelo seu melhor amigo.
"Por
que, então, mesmo sabendo que palavras são tão importantes, às vezes insistimos
em engoli-las? Histórias são formadas por palavras, e não por aquilo que ficou
para dizer. Palavras não têm utilidade alguma quando deixam o silêncio falar
mais alto. O silêncio diz muitas coisas e cada pessoa o interpreta de uma forma
diferente. Não deixe que o silêncio fale por você."
A
protagonista, como nas obras anteriores, representa uma garota como qualquer
outra — insegura, imperfeita, estabanada, platônica, sonhadora, corajosa e ...
— que ao contar suas experiências permite que o leitor aprenda com seus erros e
se divirta ao descobrir que não é o único a cair diversas vezes, mas que tem o
poder de dar a volta por cima, tentar, cair de novo, mas acima de tudo saber
levantar e tentar viver e ser feliz.
Isabela no desenrolar da história tenta conduzir o leitor a aprender a
não engolir as coisas que o magoam ou incomodam, já que o silêncio pode ser
interpretado de forma subjetiva ou ainda o
simples “deixa para lá”, quando
vem à tona explode e não há relação que sobreviva às cinzas provocadas por essa
erupção, que o diga a protagonista.
Pode-se dizer que, desde seu primeiro livro, a autora consegue fazer com
que o leitor, em algum momento, se
identifique com a protagonista, principalmente os mais jovens e, inevitavelmente,
o leitor mais velho também se identificará, afinal, quem na vida não se apegou, não se iludiu, não se enrolou e sonhou em ter um amor “fofo e coloridinho” sem perceber que esse “afofar e colorir” depende exclusivamente dele mesmo.
Título: Não se Enrola, Não
Autora: Isabela Feitas
Editora: Intrínseca
Ano: 2016
Preço: livro físico R$ 20,33 ◘ livro
digital R$ 14,90
Onde comprar: Saraiva, Submarino, Lojas
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