O que Sobra (Spare) – Príncipe Harry

“Provavelmente há muitas pessoas que, depois de ler o livro, dirão: como você pode perdoar sua família pelo que eles fizeram? As pessoas já me disseram isso. E eu disse que o perdão é 100% uma possibilidade porque gostaria de ter meu pai de volta. Gostaria de ter meu irmão de volta. No momento, não os reconheço, tanto quanto eles provavelmente não me reconhecem”, disse o príncipe Harry.

Spare, o livro de memórias do príncipe Harry que no Brasil recebeu o título de O Que Sobra, traz revelações chocantes sobre sua infância, escola, a perda da mãe, sua carreira como membro da realeza e no exército britânico, além de detalhes polêmicos da sua relação conturbada com a Família Real, bem como sua deserção da família real após seu casamento com Meghan Markle e o nascimento de seu filho Archie Harrison.

O título Spare foi encarado como uma referência irônica ao velho ditado de que o filho mais velho herdará títulos e poder e um segundo irmão estará lá apenas para o caso de algo acontecer com o primogênito.

Assim, Harry entende que existe o herdeiro, Príncipe William, o próximo na linha de sucessão ao trono britânico e existe a sobra, ele, que é a pessoa que teria nascido para socorrer algum eventual problema de saúde do irmão William, ou até mesmo herdar o trono, caso acontecesse alguma coisa com ele.

"Tinha 20 anos quando ouvi a história do que o meu pai supostamente disse à minha mãe no dia do meu nascimento: Maravilha! Você já me deu um herdeiro e agora um suplente. Meu trabalho está feito. Uma piada. Supostamente", ironizou Harry.

Harry conta como seu pai Rei Charles III gostava de insinuar que não seria seu verdadeiro pai. "Ele gostava de contar histórias e esta era uma das melhores de seu repertório. Sempre terminava com uma explosão de filosofia... Quem sabe se eu sou mesmo o Príncipe de Gales?  Quem sabe se eu sou mesmo seu pai verdadeiro?", descreve Harry.

Harry explica que esse tipo de comentário aconteceu no momento em que havia boatos de que seu pai verdadeiro era um dos ex-amantes de sua mãe:O Major James Hewitt. Uma causa desse boato era o cabelo ruivo do Major, entretanto Harry nasceu em 1984 e eles tiveram um caso entre 1986 e 1991.

Revelar as consequências da morte da mãe na sua vida e na sua personalidade é um dos pontos centrais de Spare. Um dos trechos comoventes do livro de Harry é sua luta para superar a morte da mãe, ocorrida quando ele tinha 12 anos. Tanto ele quanto William teriam duvidado durante anos que ela tivesse realmente morrido. “Eu achava que tinha resolvido sumir da vida pública e que voltaríamos a nos reunir”, afirmou em uma entrevista.

Harry relata que sempre teve o desejo de conversar com a Princesa em outro plano e procurou a ajuda de uma mulher "com poderes". Durante o encontro com a mulher, ela disse que Diana sabia que o filho tinha muitas perguntas, mas que só o tempo poderia respondê-las. "Você está vivendo a vida que ela não poderia. Você está vivendo a vida que ela queria para você", disse a médium para o duque.

Harry deixa transparecer o quanto essa perda afetou seu emocional causando-lhe um trauma muito grande que o levou às drogas, a uma vida desregrada e a crises de ansiedade e de pânico, que ele revê em minúcias ao longo das páginas de seu livro.

Também revelou que durante sua viagem a Paris para a semifinal da Copa do Mundo de Rugby de 2007, ele contratou um motorista para dirigir pelo mesmo túnel onde sua mãe morreu e que depois considerou a decisão como "mal concebida", pois só lhe trouxe mais dor. 

“Foi uma péssima ideia. Tive muitas ideias ruins em meus 23 anos, mas esta foi excepcionalmente mal concebida. Achei que dirigir pelo túnel traria um fim, ou uma breve cessação, para a dor, uma década de dor implacável."

O príncipe declara que não recebeu a devida atenção da família.  Todos se preocuparam com o William e esqueceram que ele existia. Harry, simplesmente foi jogado pelo ex-primeiro-ministro Tony Blair e pela própria família, para participar do funeral, sem ninguém se preocupar com o depois, ou seja, em cuidar do emocional da criança.

"Você não me conhece, Harold. E eu não conheço você" é o que Harry afirma que William lhe disse  quando estava prestes a começar a estudar no Eton College. Harry diz que seu irmão explicou a ele "que durante seus primeiros dois anos lá, Eton tinha sido um santuário". 

Ele não queria o fardo de um irmãozinho que o incomodaria com perguntas ou meteria o nariz em seu círculo social, diz Harry.  Ele alega que disse a William "para não se preocupar. Vou esquecer que te conheço". 

Ao longo do livro é mencionado os apelidos dos dois irmãos: "Harold" é o apelido fraternal dado por  William a Harry, enquanto este o chamava de  “Willy”.

Ignorado por William na escola e mau aluno confesso, o duque de Sussex encontrou refúgio no esporte, mais precisamente no rúgbi. Com fama de violento, por ser um esporte de contato, ele revelou que isso serviu como um pretexto para se machucar propositalmente.

"O rúgbi me permitia extravasar minha raiva, que àquela altura algumas pessoas diziam ser minha 'névoa vermelha'. Além do mais, eu simplesmente não sentia a dor que os outros garotos sentiam, o que me tornava assustador nos arremessos. Ninguém conseguia reagir a um menino que, na verdade, procurou uma dor externa que se igualasse à interna", escreveu.

Nas memórias, Harry admite que usou cocaína aos 17 anos e que isto "não foi muito divertido", mas "me fez sentir diferente e esse era o principal objetivo. Experimentar qualquer coisa que alterasse a ordem pré-estabelecida." Ele acrescenta que também pegou “cogumelos alucinógenos” em uma festa na casa de Courteney Cox e "lavou-os com tequila", após o que teve alucinações em um banheiro e conversou com a lixeira e as paredes.

Harry, também relata ao leitor, como perdeu a virgindade, aos 17 anos, com uma mulher mais velha, num campo, atrás de um "pub muito movimentado", na época estudava no Eton College, em Windsor. “Ela gostava muito de cavalos e me tratava como um jovem garanhão. Passeio rápido, depois do qual ela bateu na minha bunda e me mandou para a graça”, escreveu ele.

Além de expor algumas brigas com o pai e o irmão, o príncipe também falou sobre seu relacionamento com Meghan Markle. Em uma das passagens, Harry relata uma coincidência sobre o casal em relação à mãe, Diana. Harry conta que começou a conversar com Meghan pelo Instagram e uma coincidência chamou bastante atenção de Harry. "Me ocorreu quão incomum, surreal, bizarro, essa maratona de conversa começou no dia 1º de julho de 2016. No aniversário de 55 anos da minha mãe", relembrou.

Na obra fica claro que a relação entre os irmãos nunca foi tão cordial como costumava ser reportada. O relacionamento tenso entre os irmãos aparece em alguns trechos do livro e nas entrevistas de Harry, que revelam divisões profundas entre os dois.

Harry classificou William como seu “arqui-inimigo”, dizendo que “sempre houve” uma sensação de “competição” entre os dois, já que William sempre foi tratado como o “herdeiro” e Harry como “o que sobra”, o “sobressalente”. William é mencionado em várias lembranças de Harry e é retratado como uma pessoa raivosa, impulsiva e cabeça quente, bem diferente da imagem afável e boazinha cultivada a vida inteira.

No livro, Harry relata que iniciou uma discussão intensa com William depois que ele chamou Meghan de "difícil, rude e abrasiva". Quando a briga atingiu o ápice, o Príncipe de Gales teria agarrado o irmão pela gola da camisa, rasgando a roupa dele. Em seguida, teria atirado o rapaz ao chão da cozinha.

Harry afirma ter caído em cima de um pote de ração de cachorro e machucado as costas. Ele diz que o irmão continuou provocando, na tentativa de fazê-lo revidar, mas ele garante não ter agredido William de volta. O caçula se recusou a revidar a agressão e depois de alguns momentos William pareceu arrependido e pediu segredo sobre a situação.

Harry escreveu que não contou imediatamente à esposa, mas ligou para o terapeuta. “Tivemos um milhão de lutas físicas em nossas vidas, eu disse a ela. Quando meninos, não tínhamos feito nada além de brigar”, escreveu ele. Mas isso parecia diferente. Meghan notou os “arranhões e hematomas” em suas costas e Harry confessou a briga. Ela “não estava surpresa e não estava tão brava”, escreveu Harry, mas “ela estava terrivelmente triste”, disse.

Depois do funeral do Duque de Edimburgo, marido da Rainha Elizabeth 2ª, em 2021, Harry descreve uma discussão entre ele e seu irmão, William. Harry diz que Charles se colocou entre os dois e implorou: "Por favor, meninos, não façam com que meus últimos anos sejam miseráveis."

Durante suas temporadas de serviço no Afeganistão (2012-2013), como piloto de helicóptero no exército britânico, Harry afirma que voou em seis missões que mataram 25 Talibãs: "Não é uma estatística que me enche de orgulho, mas também não me deixa envergonhado. Eram peças de xadrez removidas do tabuleiro, pessoas más eliminadas antes que pudessem matar pessoas boas".

No casamento do príncipe William com Kate Middleton, Harry revela que estava com as partes íntimas congeladas como consequência de sua participação na expedição de caridade de 200 milhas ao Polo Norte em março de 2011, na qual foi arrecadado £ 2 milhões para o Walking with the Wounded.

O casamento de William com Kate Middleton foi um dos casamentos reais mais esperados desde que seus pais se casaram em 1981. Harry descreveu o casamento deles em 2011 como “mais uma despedida sob este teto horrível” e “outra separação” na Abadia de Westminster.

“O irmão que eu escoltei até a Abadia de Westminster naquela manhã se foi para sempre. Nunca mais cavalgaríamos juntos pelo interior do Lesoto com as capas esvoaçantes atrás de nós. Nunca mais dividiríamos uma cabana com cheiro de cavalo enquanto aprendíamos a voar. Quem nos separará? A vida, é quem.”

É notório que Kate “sai quase ilesa” nas memórias de Harry. O príncipe Harry define Kate como "despreocupada, doce e gentil". Ele diz também que gostava de fazê-la rir. De fato, ele teria dito a William que ela era a irmã que ele sempre quis ter.

“Sempre que me preocupava que Kate fosse a pessoa que tiraria Willy de mim, consolava-me com pensamentos de todo o nosso futuro rindo... E eu disse a mim mesmo como tudo seria ótimo quando eu tivesse uma namorada séria que pudesse rir junto com a gente...”

O fato é que apesar de Harry ter sido anunciado como o padrinho de casamento do irmão, ele confessa que “não passou de uma fachada” que a realeza inventou para não causar atritos e especulações sobre os irmãos. Na verdade, os padrinhos foram os melhores amigos de William, James Meade e Thomas Van Straubenzee que fizeram o discurso tradicional na recepção.

Willy não queria que eu fizesse um discurso de padrinho (…) fui forçado a concordar com a mentira descarada de que era o padrinho.”, afirmou Harry.

Harry também escreveu como William supostamente minimizou a deterioração de sua saúde mental. “Eu era um agora fóbico. O que era quase impossível devido ao meu papel público. Depois de um discurso, que não podia ser evitado ou cancelado, e durante o qual quase desmaiei, Willy veio até mim nos bastidores. Rindo”, afirmou o duque de Sussex. “Harold! Olhe para você! Você está encharcado.”

William sabia que “algo ruim” estava acontecendo comigo mentalmente:  “Ele me disse naquele dia ou logo depois que eu precisava de ajuda. E agora ele estava me provocando? Eu não conseguia imaginar como ele poderia ser tão insensível.”

Harry conta que durante uma briga particularmente acalorada com Meghan, ele detalhou como ele ficou “desproporcional e desleixadamente zangado” com ela por causa de algo que ela disse. “Eu também estava supersensível naquela noite. Eu pensei: Por que ela está me atacando?' Eu discuti com ela, falei com ela duramente e cruelmente”.  

Meghan saiu rapidamente da sala. Ele finalmente a encontrou sentada sozinha em seu quarto. “Ela estava calma, mas disse em um tom calmo e equilibrado que nunca aceitaria que falassem assim. Eu balancei a cabeça. Ela queria saber de onde veio”, lembrou Harry.

"Não sei. Onde você já ouviu um homem falar assim com uma mulher? Você ouviu adultos falarem assim quando era criança? Ela perguntou. Limpei a garganta e desviei o olhar. Sim." Meghan disse a Harry que não iria “tolerar” um parceiro ou co-pai que gritasse como ele. “Eu tentei terapia”, disse Harry a Meghan. “Tente novamente”, respondeu Meghan.

Em outro trecho, o duque de Sussex afirma que seu irmão, príncipe William, e sua cunhada Kate Middleton o encorajaram a usar uniforme nazista em uma festa à fantasia, em Nova York, em 2005, que teve como tema Nativo e Colonial. Enquanto debatia entre um uniforme de piloto e a opção nazista, telefonei para Willy e Kate, perguntei o que eles achavam", escreveu Harry.

O assunto estampou a página de jornais por todo o mundo e gerou uma enorme polêmica para a realeza britânica na época. 

Apesar de Harry reprovar o comportamento do pai e mostrar aberta antipatia por Camilla Parker Bowles, Harry menciona que ele e seu irmão concordaram em receber Camilla, em sua família, com a condição de que seu pai não se casasse com ela — no que evidentemente não foram atendidos. Nós apertamos sua mão, desejamos-lhe boa sorte. Sem ressentimentos. Reconhecemos que ele finalmente estaria com a mulher que amava, a mulher que sempre amou.”

Harry confessa que seu pai encontrou a felicidade depois de se casar com Camilla e que queria que ambos fossem felizes, imaginando se "ela era menos perigosa sendo feliz"

Harry diz que quando consultou seu irmão sobre a possibilidade de se casar com Meghan na Catedral de St. Paul ou na Abadia de Westminster, William disse que não era possível porque haviam sido os locais dos casamentos de Charles e Diana e William e Catherine, respectivamente, sugerindo assim uma capela num vilarejo perto da casa de seu pai em Highgrove House, em Cotswolds.  Assim, Harry e Meghan se casaram na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, em maio de 2018.

Antes de seu casamento com Meghan em 2018, Harry conta que William ordenou que ele raspasse a barba antes, apesar da aprovação da vovó Lizzie para que ele se casasse com barba. William não suportava a ideia de seu irmão mais novo ter uma vantagem que lhe foi negada, pois foi obrigado a raspar a barba para o casamento.

Ele também diz que Kate e Meghan não tinham uma boa relação e que sua cunhada era fria e distante. Ele detalhou vários momentos estranhos e tensos entre Kate e Meghan em suas memórias.

Harry escreve que Meghan e Kate Middleton tiveram uma discussão sobre o momento do ensaio do casamento e dos vestidos das daminhas. O príncipe também conta como Meghan aparentemente ofendeu Kate ao sugerir que ela tinha um "cérebro de bebê" devido ao desequilíbrio hormonal com a gestação de Louis, que nasceu 28 dias antes do casamento de Harry e Meghan.

O comentário "causou uma grande confusão” porque Meghan foi informada de que ela não era próxima o suficiente para discutir seus hormônios e não era assim que as pessoas falavam umas com as outras dentro da Família Real. “Sinto muito por ter falado sobre seus hormônios. É assim que eu falo com minhas amigas”, disse Meghan a Kate.

William então “apontou o dedo” para Meghan e disse a ela: “Bem, é rude, Meghan. Essas coisas não são feitas aqui na Grã-Bretanha”. "Se você não se importa, mantenha seu dedo longe do meu rosto", ela respondeu a William.

Em outro trecho, Meghan ofendeu Kate ao perguntar se poderia pegar emprestado o lip gloss dela, antes de um evento. Quando Meghan apertou o tubo no dedo e aplicou um pouco de gloss sobre os lábios, Kate fez cara de nojo, diz Harry.

Harry admitiu ter assistido sua então namorada Meghan Markle em Suits, o show que a lançou na fama. Por sua vez, William e Kate eram fãs da série estrelada por Meghan. Eles teriam ficado de "boca aberta" quando Harry revelou a identidade de sua então namorada. Mas, segundo Harry, William o alertou: "Harold, ela é uma americana, qualquer coisa pode acontecer."

A decisão de Meghan deixar sua personagem do show foi, em parte, inspirada na própria vida privada de Markle. “Meg arrumou sua casa, desistiu de seu papel em Suits. Depois de sete temporadas. Um momento difícil para ela, porque ela amava aquele show, amava o personagem que estava interpretando, amava seu elenco e equipe – amava o Canadá”, escreveu Harry.

Por outro lado, a vida lá se tornou insustentável… Os roteiristas do programa ficaram frustrados porque muitas vezes foram aconselhados pela equipe de comunicação do palácio a mudar as linhas do diálogo, o que sua personagem faria, como ela agiria”, alegou.

Spare foi traduzido em 15 idioma e tornou-se o assunto nos principais tabloides, telejornais britânicos e mídia mundial, desde seu lançamento neste último dia 10. Incluindo edições de capa dura, áudio e e-books, o livro vendeu cerca de 400 000 cópias no Reino Unido durante o primeiro dia, tornando-o livro de não ficção mais vendido no país e o segundo no geral, atrás apenas de Harry Potter.

É possível dizer que Harry realmente usou este livro como um desabafo. Spare é uma mistura de confissão, desabafo, queixas e ressentimentos de Harry sobre a família real, destacando o  “grave” conflito entre William e Harry e o quanto essa relação pode ainda ser mais afetada, já que é alimentada pela imprensa sensacionalista britânica.

As passagens são muito irônicas e ele tenta disfarçar, ao máximo, a real opinião que ele tem sobre o que ele diz que, talvez, deve ser bem pior. Assim, escrever um livro e dar entrevistas, talvez seja a única maneira que ele encontrou para chegar até sua família. Para Harry, esta é enfim a sua história. Spare é a história de Harry, a jornada de Harry, sob a perspectiva de Harry.

“38 anos tendo minha história contada por tantas pessoas diferentes, com rotação e distorção intencionais, parecia um bom momento para contar minha própria história e ser capaz para contar por mim mesmo. Na verdade, estou muito grato por ter tido a oportunidade de contar minha história porque é minha história para contar”, afirmou Harry em entrevista.

Apesar de tudo, o filho de Diana e Charles, Duque de Sussex Harry afirma que: "Eu amo meu pai. Eu amo meu irmão. Eu amo minha família ... Nada do que fiz neste livro ou de outra forma jamais foi para prejudicá-los ou machucá-los," diz Harry no livro.

Harry confessou ainda em uma entrevista para a emissora inglesa ITV 1, que gostaria que seu pai, o rei Charles III, e seu irmão, o príncipe William, estivessem de volta em sua vida, mas assegurou que seus esforços parecem não ter frutos. Gostaria de ter meu pai de volta. Eu gostaria de ter meu irmão de volta”, justificou, afirmando que quer uma família e não uma instituição.

"Estou escrevendo isso não como o príncipe que nasci, mas como o homem que me tornei. Usei muitos chapéus ao longo dos anos, literal e figurativamente, e minha esperança é que, ao contar minha história - os pontos altos e baixos, os erros, as lições aprendidas – posso ajudar a mostrar que não importa de onde viemos, temos mais em comum do que pensamos", afirmou Harry.

Por sua vez, a editora afirmou que o livro levaria os leitores "imediatamente de volta a uma das imagens mais marcantes do século 20: dois meninos, dois príncipes, caminhando atrás do caixão de sua mãe, enquanto o mundo assistia com tristeza - e horror".


Título: O que Sobra

Título Original : Spare

Autor : Príncipe Harry

Tradutor : Cassio de Arantes Leite | Debora Landsberg | Denise Bottmann | Renato Marques

Editora : Objetiva; 1ª edição (10 janeiro 2023)

Preço: Formato Kindle: R$ 39,90 / Formato capa comum: R$ 59,90


Tags: Spare, Príncipe Harry, Duquede Sussex, Elizabeth II do Reino Unido, Príncipe de Gales William, Diana, Rei  Charles III, Camila ,Kate Midleton, Meghan,  Archie, Lilibet.