A Mágica da Arrumação de Marie Kondo — que virou uma espécie de guru mundial da organização da casa — ensina a arte japonesa de colocar ordem na
casa e na vida das pessoas, fundamentado no sentimento do indivíduo por cada
objeto que possui. Segundo Marie a organização da casa reflete na organização
da vida e vice-versa.
Assim, o método KonMari, que tem o nome de sua criadora Marie Kondo, baseia-se na ideia de que na sua casa devem ficar somente os objetos que lhe trazem alegria, logo, os que não o fazem mais feliz devem ser descartados, mesmo que ainda haja um elo de afeto.
Assim, o método KonMari, que tem o nome de sua criadora Marie Kondo, baseia-se na ideia de que na sua casa devem ficar somente os objetos que lhe trazem alegria, logo, os que não o fazem mais feliz devem ser descartados, mesmo que ainda haja um elo de afeto.
Sucesso no Japão e no mundo, A
mágica da Arrumação, conquistou o primeiro lugar na lista de best
sellers de autoajuda do The New York
Times com mais de
2 milhões de livros
vendidos. Publicado no Brasil em maio de
2015, pela editora Sextante, ganhou destaque nas revistas Veja, Cláudia e no
jornal Folha de SP e, ocupa, atualmente,
a 2ª. posição na lista dos livros mais
vendidos (Autoajuda, Veja Abril).
Marie Kondo, japonesa, filha do meio de uma família de 3 irmãos, aos 5 anos de idade começou a se interessar por revistas femininas sobre assuntos domésticos. Assim, enquanto os colegas de escola preferiam brincar ou fazer ginástica, Marie, voluntariamente, gastava seu tempo arrumando as prateleiras de livros da sala de aula e o armário em que se guardavam vassouras e material de limpeza. Logo concluiu que os métodos de organização deixavam muito a desejar.
Marie Kondo, japonesa, filha do meio de uma família de 3 irmãos, aos 5 anos de idade começou a se interessar por revistas femininas sobre assuntos domésticos. Assim, enquanto os colegas de escola preferiam brincar ou fazer ginástica, Marie, voluntariamente, gastava seu tempo arrumando as prateleiras de livros da sala de aula e o armário em que se guardavam vassouras e material de limpeza. Logo concluiu que os métodos de organização deixavam muito a desejar.
Marie cresceu com a necessidade de manter tudo arrumado, tanto que a partir dos 15 anos, passou a se dedicar seriamente a arrumar e organizar ambientes, mas a obsessão por organização continuava. Assim, após passar cinco anos como atendente em um templo xintoísta, aprofundou sua convicção sobre a necessidade filosófica de descartar o supérfluo e manter somente os itens essenciais para viver e ser feliz.
Marie
iniciou sua carreira no ramo da arrumação como consultora particular e, entre
tantos casos perdidos, conseguiu eliminar a bagunça de um cliente de Tóquio que
vivia numa casa de três andares entulhada de bugigangas.
"Levei quase dois anos para organizar
tudo. Joguei fora 60% dos objetos", diz Marie.
De acordo com Marie, devemos no
momento da arrumação segurar cada objeto e tentar visualizar se aquilo nos
torna felizes, em caso positivo, manter, se não, descartar. E, ao contrário do que muita gente
pensa, organizar é fácil e compreende apenas duas tarefas básicas: escolher
conscientemente o que será mantido e definir um lugar específico para cada
coisa. Para alcançar o sucesso na empreitada a autora dá
alguns conselhos:
► Arrume tudo de uma vez.
Organizar a
casa é promover uma revisão do estilo de vida e do nosso jeito de pensar. Isso
requer uma ruptura radical. Acreditar que se pode arrumar uma gaveta por vez,
empurrando o restante da tarefa com a barriga, é uma armadilha que leva à
frustração.
► O primeiro passo é descartar.
As pessoas guardam
coisas na ilusão de que serão usadas um dia ou por preguiça de avaliar se são
relevantes. Reúna todos os itens parecidos e faça uma limpeza sem dó.
► Desapegar e ser grato pelo que está descartando
Se você decidiu que aquilo não lhe
serve mais, seja grato e desapegue. A ideia é nos despedirmos de coisas que não
nos fazem mais feliz com carinho e respeito, pois, segundo a autora, tudo o que
temos teve alguma serventia em nossas vidas, até mesmo o que compramos e não
usamos.
► Jogue tudo que não lhe traz
alegria.
Cada objeto carrega em si uma carga
emocional determinada pelas nossas memórias, assim, devemos manter em nossa casa apenas o que nos
traz boas lembranças e alegria. Só vale a pena guardar aquilo que realmente for usado ou tem um valor
sentimental de fato. Não raro, 60% daquilo que acumulamos é inútil.
► Separe as coisas por categoria, não
por local
Um dos pontos-chave do método da
Marie Kondo é organizar itens por categorias, não por local, já que normalmente
não nos damos conta dos excessos que temos.
A tendência
é distribuir itens do mesmo tipo por vários cômodos e armários. Organizar tudo
por categoria permite ter uma noção geral dos pertences e evita o surgimento de
novos focos de bagunça.
► Dê visibilidade às coisas.
Empilhar
roupas e livros é arrumar sem critério e, na maior parte das vezes, muitos
itens sem utilidade acabam esquecidos no fundo das gavetas e estantes,
portanto, organize fazendo com que todos os pertences fiquem visiveis.
► Deixe itens sentimentais por último.
Para Marie é essencial deixarmos os
itens com carga sentimental por último, pois assim não corremos o risco de
desistirmos da limpeza logo de cara e é bem mais fácil descartarmos algo sem
tanta carga emotiva, já que estamos mais desapegados e conseguimos lidar melhor
com os itens sentimentais.
► Evite a intromissão dos parentes.
A presença
de mães, avós e irmãos pode ter um impacto psicológico negativo, já que para
eles pode parecer inadmissível ver você jogando certos itens fora. Muitas
vezes, a solidão é a melhor aliada na hora de arrumar a casa.
► Prefira o silêncio.
Arrumar a
casa é, de forma geral, um exercício de revisão interior. Televisão ligada,
música alta e conversa fiada abalam a concentração necessária para a tarefa.
Marie Kondo recomenda, no máximo, ouvir música instrumental amena e em baixo
volume.
► Não compre produtos especiais para organização.
É enganoso
achar que a bagunça acabará apenas colocando tudo dentro de caixas divisórias e
afins. Se sua casa é desarrumada, esses produtos supostamente milagrosos serão
inúteis, pois a ideia é diminuir a
quantidade de itens em casa e não comprar mais.
► Siga um ritual diário para lidar com os objetos.
Ao chegar
em casa, por mais cansado que você esteja, resista à tentação de ir largando algumas
coisas pelo chão e de entulhar o sofá com outros itens. Só relaxe depois de colocar cada coisa em seu
devido lugar.
A Mágica da Arrumação é um
livro curto, com um texto leve e com alguns relatos muito divertidos,
intercalado com
técnicas interessantes e simples de serem executadas. É um livro muito útil
para todos aqueles que têm dificuldades em desapegar. Um livro que transforma, que
mostra o alivio que as pessoas sentem ao
descartar
o que não faz mais diferença na vida delas e explica que
é possível organizar qualquer casa, basta para isso aprender a usar o destralhamento.
“Meu
objetivo é fazer com que as pessoas como eu compreendam quanta força podem
receber do ambiente em que vivemos. É por isso que dedico meu tempo
ensinando-as a organizar suas casas”.
Na verdade,
o que torna as ideias de Marie irresistíveis, além da eficácia, é a maneira
como ela mescla dicas práticas de desapego por velhos itens e arrumação de
gavetas com autoajuda motivacional. Segundo Marie, quando se faz uma
desintoxicação da casa, ocorre também um efeito "detox" no
corpo e na mente de seu dono. "O
espaço onde você mora afeta seu corpo", diz ela a toda hora no livro.
Talvez a grande vantagem desse livro
em português, esteja no fato de que não existe muitas opções sobre “destralhamento”, então, nesse contexto, a obra de Marie
torna-se um “plus” para todos os apaixonados por organização e, para todos
aqueles que têm
dificuldades em colocar as coisas em ordem, a
abordagem da autora, pode ser essencial para mudar a forma de agir e impulsioná-los
em desapegarem-se
das coisas que não acrescentam nada e tão pouco os fazem felizes.
Contudo, há que se mencionar que não
será fácil implementar o método KonMari de forma radical e definitiva como
propõe Marie Kondo, porque o destralhamento vai muito
além de encher um, dois, três sacos com objetos,
jogar no lixo e ponto final. O destralhamento reflete diretamente na vida
cotidiana, profissional e emocional dos envolvidos, portanto, é uma atividade esgotante, quer fisica, quer emocionalmente que, como
tudo na vida, não funciona na base da mágica, mas, sim de trabalho árduo e
persistente.
Descobrir o momento certo para desapegar,
sem o sentimento de perda ou a ansiedade de vir a necessitar, ajudará as partes
envolvidas a não quererem voltar ao estado anterior de desordem, desde que aprendam
a cultivar “o pensar contínuo” em desapegar e destralhar, o que fará
com que esta atividade passe a ser automática, espontânea e, consequentemente, incorporada ao seu estilo de vida.
“Há um objetivo para eu ter escolhido este critério. Afinal, qual é a
razão de se fazer a organização? Se não for para que o ambiente e as coisas
dentro dele nos tragam felicidade, não vejo sentido em organizar. Assim, a
melhor forma de escolher o que guardar e o que descartar é pensar naquilo que
nos faz felizes”.
Saber quando é o momento certo é
crucial, pois uma mudança não dada na hora certa não representa uma solução. Para
terminar, um dito popular que diz: Há um tempo para planejar e um tempo para
agir. Um tempo para pensar e um tempo para decidir. Mas, não há um tempo para
se arrepender. Pense nisso e encontre
seu momento certo para o desapego e o destralhamento.
A Mágica Da Arrumação
A Arte Japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida
Autora: Marie Kondo
Categoria: Autoajuda
Publicado: 2015
Páginas: 160
Tradução: Marcia Oliveira
Editora: Sextante
Preço: De R$ 15,10 até R$ 24,90
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