A culpa é das
Estrelas narra
o romance de dois adolescentes que se conhecem e se apaixonam em um Grupo de
Apoio para Crianças com Câncer.
Hazel é uma paciente terminal cuja vida vem sendo prolongada por uma nova droga e Augustus Waters ex-jogador de basquete até perder uma perna para o osteosarcoma — Dois jovens unidos na luta pelo “vivendo o melhor da nossa vida, hoje”. Mas, até que ponto é possível amar quando só existe “o já” sem “um depois”?
Assim, Hazel faz faculdade e tenta levar a vida como qualquer adolescente, mas
seus pais não acreditam que ela seja
capaz de lidar com sua doença e decidem que deve frequentar um grupo de apoio
composto por pessoas que possuem os mesmos problemas.
Hazel é uma paciente terminal cuja vida vem sendo prolongada por uma nova droga e Augustus Waters ex-jogador de basquete até perder uma perna para o osteosarcoma — Dois jovens unidos na luta pelo “vivendo o melhor da nossa vida, hoje”. Mas, até que ponto é possível amar quando só existe “o já” sem “um depois”?
Inspirador,
corajoso, irreverente e brutal, A culpa é
das Estrelas é uma obra ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a
alegria e a tragédia que é viver e amar.
Uma trama que mexe com o leitor fazendo com que o coração fique cada vez
mais apertado à medida que mergulha no desenrolar da história, indo do sorriso nas
primeiras páginas ao choro nas últimas.
A forma como o autor constrói o desfecho é louvável, como também, a forma como conduz o leitor a torcer para que o livro não acabe da forma como acaba, mas o final é óbvio... Pelo menos no livro, muito embora na vida real milagres, às vezes, acontecem.
A forma como o autor constrói o desfecho é louvável, como também, a forma como conduz o leitor a torcer para que o livro não acabe da forma como acaba, mas o final é óbvio... Pelo menos no livro, muito embora na vida real milagres, às vezes, acontecem.
Em A Culpa é das Estrelas, Hazel Grace descobre, aos treze anos, que é portadora de câncer na tireóide e no pulmão. Três anos depois ela se encontra em estágio terminal e sempre anda acompanhada de um cilindro de oxigênio. Os médicos, em seu empenho,
conseguiram reduzir seu tumor, o que lhe possibilita ter mais alguns anos de
vida.
É
evidente que Hazel detesta a ideia, mas como não suporta o sentimento de culpa diante
da possibilidade de se tornar uma simples tristeza na vida dos pais, decide,
mesmo contra a vontade, frequentar o grupo de apoio, onde todo mundo fala de
lutar, combater, vencer, remitir e examinar.
Hazel acaba conhecendo Augustus Waters, um garoto belo, jovem, cheio de filosofias que tem uma das pernas amputadas por causa do câncer nos ossos. Diferentemente de Hazel, Augustus não está deprimido, mantém alto astral, pelo menos até onde uma pessoa com câncer pode ser.
Hazel acaba conhecendo Augustus Waters, um garoto belo, jovem, cheio de filosofias que tem uma das pernas amputadas por causa do câncer nos ossos. Diferentemente de Hazel, Augustus não está deprimido, mantém alto astral, pelo menos até onde uma pessoa com câncer pode ser.
Hazel e Gus
começam a ter uma relação de amizade bem forte e, inicialmente, o que aproxima os dois é um livro chamado Uma aflição
imperial do autor Peter Van Houten, que retrata uma menina com câncer e termina do nada — sem final e também não
foi publicado uma continuação.
Determinados a descobrir o que acontece
com os personagens e o que acontece no final do livro, Hazel e Gus viajam para a Holanda, pois esse livro
a é muito importante para Hazel, já que a ajudou muito.
Ao longo da trama Hazel se
apaixona por Augustus Waters e a partir daí juntos vão dar um novo sentido à vida, aprendendo a lidar com as descobertas
comuns da adolescência.
Os
protagonistas possuem muitas características diferentes e constroem uma conexão
que prende o leitor de uma forma que se torna impossível desligar-se dos
sentimentos ou das situações que eles enfrentam, conduzindo o leitor a parar e refletir
sobre a vida e a morte; sobre o destino justo ou injusto — como sempre cheio de
surpresas; sobre o amor posto à prova quando um dos dois passa a mostrar seu
outro lado: a fragilidade, o desespero e a dependência e, também, a pergunta
que fica martelando: Existe realmente um ser humano preparado para as surpresas
que o espera durante e/ou no final da sua vida?
... entrei furtivamente na UTI e vi a Hazel quando
ainda estava inconsciente... a mão dela ainda era a mão dela, ainda quente...
eu simplesmente segurei sua mão e tentei imaginar o mundo sem nós, e por mais
ou menos um segundo fui uma pessoa boa o suficiente para torcer que ela
morresse e nunca ficasse sabendo que eu também ia morrer...
Vale
a pena ressaltar que muito embora o livro apresente um enredo ficcional, na
verdade, o autor inspirou-se em Esther Earl, uma menina vítima de um câncer que
lhe roubou a vida, deixando no autor marcas profundas, exemplos inesquecíveis, desencanto,
desilusão, tristeza, saudade e certa
dose de fúria criadora.
Green confessa ter muitas
saudades da adolescente e ainda estar irritado com sua ausência e, apesar de
tudo que aprendeu com a doença de Esther e
sua morte, diz que o mundo seria hoje um lugar bem melhor se a garota
ainda estivesse viva e ativa, produzindo seus vídeos e colorindo tudo à sua
volta. Seus contraditórios sentimentos em relação à partida de Esther,
especialmente, na fase inicial do luto, o levaram a escrever A Culpa é das Estrelas de uma forma
febril e apaixonante.
Apesar do livro ser um grande
sucesso, o escritor afirma ainda que sua narrativa não se baseia em apenas uma
história verdadeira, pois vários outros personagens reais também o motivaram a
criar esta obra. Além disso, Hazel e
Esther definitivamente são pessoas totalmente distintas. Assim o autor
comprova que não retrata aqui a trajetória autêntica da jovem, a qual pertence
somente a seus familiares.
Se a culpa é realmente das estrelas ou não, quem sabe? Porém, como diz o autor, Green ... muitas pessoas
sofrem desnecessariamente, não porque fizeram algo de errado nem porque são más
ou sei lá o quê, mas porque dão azar. Na verdade, as estrelas têm muita culpa,
sim, e eu quis escrever um livro sobre como vivemos num mundo que não é justo, e sobre ser ou não
possível viver uma vida plena e significativa mesmo que não se chegue a vivê-la
num grande palco... Seria essa uma história infinita, onde os leitores seguiriam
o exemplo dos protagonistas indo atrás
do autor para saber a continuação da trama ou será que Green é igual a todos
os outros atores que não pensam no destino dos personagns depois que o livro
acaba.
O fato é que se torna impossível não
se identificar com o que Hazel e Gus falam, com o que pensam e como agem diante
da doença, do medo, da impotência, enfim, tudo nos conduz a refletir de que é possível
aproveitar a vida mesmo quando ela está se esgotando — Tudo pode ser uma questão de opção ou não?
Vale tentar toda e qualquer alternativa que exista por
trás de cada problema — vale o sabor de lutar... vale o sabor de arriscar ... vale
até errar... e, por que não, vale até o sabor de saber que tanto podem ganhar
quanto perder, pois neste momento, o importante é simplesmente “tentar”, já que
“o amanhã”, quem sabe, afinal, como diz o poeta “Que não seja imortal ... Mas que seja
infinito enquanto dure!”
Sobre o autor:
John
Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e
igualmente festejado pela crítica. Com mais de um milhão de seguidores no
twitter, é autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal
e o Printz Honor da American Library Association e com o Edgar Award, e foi
duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times. Com o irmão, Hank, mantém
o canal do YouTube “Vlogbrothers”, um dos projetos de vídeo on-line mais
populares do mundo.
Autor: John Green
Editora: Intrínseca, 2012
Preço: De R$ 19,90 até R$ 24,90
Tradução: Renata Pettengill
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