São eles Nathan Landau — um jovem carismático judeu, mas de temperamento instável, e sua esposa, Sophie Zawistowska — uma imigrante polonesa que sobreviveu aos horrores do campo de concentração em Auschwitz.
O casamento de Nathan e Sofia alterna idílio e inferno na mesma facilidade impressionante com que o marido cambia de temperamento. Sophie durante sua relação com Nathan, nunca lhe fala da sua vivência em Auschwitz e passa a viver, então, entre o amor inconstante de Nathan, que lhe devolve a vontade de viver, e a devoção do amigo Stingo.
É explícita a incompreensão de Stingo quando se vê atraído por Nathan e ainda mais explícita a descrição de uma cena de sexo entre Sofia e Stingo, quando afinal ela cede aos encantos do sulista, tem-se a impressão de que é muito mais por um sentimento materno e por uma dívida pelo amor que este nutre por ela.
Quando Sofia se instalou no Brooklyn, estava decidida a esquecer o inferno do campo de concentração e recomeçar a vida como se nada tivesse acontecido. No entanto, as lembranças continuam a lhe atormentar
Sofia tinha sido capturada por nazistas porque tentara contrabandear uns quilos de presunto, que levaria para a mãe moribunda. A polonesa vive num contundente sentimento de culpa, porque o pai era antissemita e porque a mãe morreu sem que recebesse a tão desejada carne.
Quando Sofia é capturada está com os dois filhos, Jen e Eva e pelo fato de ser polonesa é forçada por um soldado nazista a escolher um dos dois filhos para morrer— um seguirá para a câmara de gás e o outro será poupado.
Do ponto de vista prático, a escolha não teria importância nenhuma, apenas prolongaria a existência, pois todos que estavam ali tinham consciência que morreriam cedo ou tarde — era o que todos aqueles judeus e poloneses tinham em mente naquela época. O fato é que se Sofia não escolhesse, ambos seriam levados imediatamente para a câmara.
Escolhe salvar o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais se tem notícia dele.
Mas a escolha de Sofia vai mais além disso, tem que viver com o fardo de não poder ter tudo o que deseja, jamais, e mais uma vez tem de escolher entre o amor por Nathan e a atração por Stingo.
Tem de optar pela crença em um Nathan que pode ser curado de sua esquizofrenia e do uso abusivo de drogas ou pela lucidez de um mundo que não é um conto de fadas.
Nesse meio tempo, não há como acreditar em Deus e Sofia sente que a única fuga que lhe é permitida vem por meio do sexo. Mas Sofia sabe que não conseguirá descanso, porque está irremediavelmente marcada pelos traumas do campo de concentração, pela privação que passou durante anos e pelas doenças que quase a mataram.
O casamento de Nathan e Sofia alterna idílio e inferno na mesma facilidade impressionante com que o marido cambia de temperamento. Sophie durante sua relação com Nathan, nunca lhe fala da sua vivência em Auschwitz e passa a viver, então, entre o amor inconstante de Nathan, que lhe devolve a vontade de viver, e a devoção do amigo Stingo.
É explícita a incompreensão de Stingo quando se vê atraído por Nathan e ainda mais explícita a descrição de uma cena de sexo entre Sofia e Stingo, quando afinal ela cede aos encantos do sulista, tem-se a impressão de que é muito mais por um sentimento materno e por uma dívida pelo amor que este nutre por ela.
Quando Sofia se instalou no Brooklyn, estava decidida a esquecer o inferno do campo de concentração e recomeçar a vida como se nada tivesse acontecido. No entanto, as lembranças continuam a lhe atormentar
Sofia tinha sido capturada por nazistas porque tentara contrabandear uns quilos de presunto, que levaria para a mãe moribunda. A polonesa vive num contundente sentimento de culpa, porque o pai era antissemita e porque a mãe morreu sem que recebesse a tão desejada carne.
Quando Sofia é capturada está com os dois filhos, Jen e Eva e pelo fato de ser polonesa é forçada por um soldado nazista a escolher um dos dois filhos para morrer— um seguirá para a câmara de gás e o outro será poupado.
Do ponto de vista prático, a escolha não teria importância nenhuma, apenas prolongaria a existência, pois todos que estavam ali tinham consciência que morreriam cedo ou tarde — era o que todos aqueles judeus e poloneses tinham em mente naquela época. O fato é que se Sofia não escolhesse, ambos seriam levados imediatamente para a câmara.
Escolhe salvar o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais se tem notícia dele.
Mas a escolha de Sofia vai mais além disso, tem que viver com o fardo de não poder ter tudo o que deseja, jamais, e mais uma vez tem de escolher entre o amor por Nathan e a atração por Stingo.
Tem de optar pela crença em um Nathan que pode ser curado de sua esquizofrenia e do uso abusivo de drogas ou pela lucidez de um mundo que não é um conto de fadas.
Nesse meio tempo, não há como acreditar em Deus e Sofia sente que a única fuga que lhe é permitida vem por meio do sexo. Mas Sofia sabe que não conseguirá descanso, porque está irremediavelmente marcada pelos traumas do campo de concentração, pela privação que passou durante anos e pelas doenças que quase a mataram.
Stingo não tem a menor idéia dos segredos que Sofia esconde, nem da insanidade de Nathan e ambos vão confiando seus segredos mais obscuros, e dividindo angústias e sonhos com o novo amigo. Há uma ambiguidade atroz nas atitudes do casal (especialmente Nathan), o que vai trazendo à tona boa parte do sofrimento de ambos.
Enquanto Stingo divide seu tempo entre escrever um livro e ouvir as confidências de Sofia, aos poucos, descobrirá as raízes da instabilidade do casal, mas tal achado não virá desprovido de fortes e nem sempre agradáveis emoções...Sofia atormentada com as lembranças da decisão que tomou acaba se matando.
A Escolha de Sofia é um retrato da tragédia humana e uma incursão aos meandros psicológicos daqueles que sobreviveram aos campos de concentração nazistas da II Guerra Mundial. Fantasmas assombram os personagens a cada instante, e mesmo aqueles que tentaram escapar dos rastros do passado, eles permanecem ali, dilacerando toda a possibilidade de felicidade – e muitas vezes determinando que caminho seguir.
A Escolha de Sofia — Sophie’s Choice
Escritor: William Clark Styron
Editora: Record
Tradução: Vera Neves Pedroso
Preço: De R$12,00 a R$ 20,00
http://livrospralerereler.blogspot.com