As mais Belas Coisas do Mundo — Valter Hugo Mãe

“Quem se desilude morre por dentro. Dizia: é urgente viver encantado. O encanto é a única cura possível para a inevitável tristeza” - Valter Hugo Mãe 


As mais Belas Coisas do Mundo
conto de Valter Hugo Mãe que, a partir da perspectiva infantil, examina o que seriam as mais belas coisas do mundo. Um libreto curto das memórias de um menino com seu avô que lhe ensinou sobre as mais belas coisas do mundo.

Com ilustrações de Nino Cais, este livro contém ainda uma nota do autor, em que conta um pouco da sua relação com seu avô.

O texto de quarta-capa é assinado pela escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras Ana Maria Machado e pelo escritor e dramaturgo Walcyr Carrasco.

“Um avô transforma a vida, mostra o encanto do conhecimento. Ensina que        podemos chegar a ser gigantes. Mas o saber não dispensa a ternura. E o         menino descobre que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.”                   — Walcyr Carrasco 

As mais Belas Coisas do Mundo reconstitui as memórias de um menino que, dentro do abraço do avô, procura encontrar respostas para os mistérios da vida. O avô, que tem ar de caçador de tesouros, revela-lhe o maior de todos para curar a tristeza e a despedida: o encanto. Um conto profundamente comovente sobre a força dos afetos e da memória dos avós.

Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda - Pavinatto

Lançado pela editora Almedina Brasil, selo Edições 70, o livro Da Silva: a grande fake news da esquerda; O perfil de um criminoso conhecido e famoso pela alcunha Lampião revela uma perspectiva sem romantismos do cangaceiro mais conhecido da história brasileira - Lampião. Pavinatto analisa a construção da falsa narrativa altruísta que cerca uma das figuras nordestinas mais icônicas da história e revela a face oculta de Lampião.

Ao mergulhar na história de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, Pavinatto traça o perfil da figura histórica definida na obra como “terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres”.

O Capote — Nikolai Gogol

Escrito por Nikolai Gógol e publicado pela primeira vez em 1842, o conto O Capote narra a história de Akaki Akakievitch, um pobre e ridicularizado funcionário público que trabalha em um ministério público russo. Sem muito destaque em seu lugar de trabalho, leva uma vida humilde e cheia de restrições. Seu capote esfarrapado é motivo de chacota entre seus colegas, entretanto, ao decidir comprar um capote novo, sua vida ganha um efêmero brilho.

É notório que a literatura russa clássica tem um quê de crítica social,  portanto, torna-se quase impossível separar a narrativa e a realidade da Rússia na metade do século XIX que passava por um lento processo de transformação.

Iracema —José de Alencar

Iracema, escrito por José de Alencar, faz parte da primeira fase do romantismo brasileiro, que ficou conhecido como Indianismo, cujo enredo se passa no século XVII (entre 1603 e 1611), remontando aos anos da chegada dos portugueses ao continente sul-americano.

Teve sua primeira publicação em 1865 e, até hoje, figura entre as principais obras literárias brasileiras.  Faz parte da trilogia indianista do autor, juntamente com o Guarani (1857) e Ubirajara (1874).

Escrito nos anos finais da primeira geração do romantismo brasileiro, Iracema é obra inspirada por forte nacionalismo, que caracteriza essas produções românticas. À época, o Brasil era uma nação recém-independente de Portugal, fato que direcionava artistas de diversos gêneros a pensarem e construírem uma ideia de identidade cultural, de origem nacional, do que significa ser brasileiro.

É Assim que Acaba — Colleen Hoover

O livro É Assim Que Acaba, escrito por Colleen Hoover, tornou-se um sucesso de vendas ao redor do mundo, ao contar a história de Lily Bloom, que cresceu em um lar abusivo, onde seu pai agredia constantemente sua mãe, deixando sérios traumas na sua vida, o qual a levou sempre a questionar sobre os motivos da mãe continuar no relacionamento.

Em busca de renovar sua vida, seguindo seus sonhos, muda para Boston para abrir seu próprio negócio. Lily então conhece o neurocirurgião Ryle e ela se apaixona por ele. Porém, Atlas Corrigan, seu primeiro amor,  que ela deixou para trás na época do colégio, reaparece e tudo o que Lily construiu com Ryle pode ruir.

O romance é inspirado na vida da mãe da autora e aborda temáticas delicadas como relacionamento abusivo e violência doméstica, além de outros temas como amor, perda, superação e autodescobrimento. É a obra mais pessoal de Colleen Hoover, o qual aborda sem medo alguns tabus da sociedade para explorar a complexidade das relações tóxicas, e como o amor e o abuso muitas vezes coexistem em uma confusão de sentimentos, o qual impedem aquele que sofre de se soltar das amarras dos sentimentos, retratando de maneira poderosa a devastação que o abuso pode causar e a força de quem sobrevive a ele. Trata-se de uma narrativa sobre a força necessária para fazer as escolhas certas nas situações mais difíceis.

Talvez você deva conversar com alguém — Lori Gottlieb

“Como terapeuta, sei muito sobre dor, sobre as maneiras como a dor está ligada à perda. Mas também sei algo menos entendido normalmente: que a mudança e a perda andam juntas. Não podemos ter mudança sem perda, motivo pelo qual é tão frequente as pessoas dizerem que querem mudar, mas mesmo assim continuarem exatamente iguais." (p. 16-17).

O best-seller Talvez Você Deva Conversar com Alguém da terapeuta Lori Gottlieb, é um romance que mescla realidade, ficção, teoria da psicologia, e aborda temas delicados presentes na existência de todos nós que desenvolvem a reflexão sobre o luto, o envelhecimento humano, a felicidade, a angústia, o medo, a insegurança, a coragem,  a paternidade e diversos outros temas.

O livro traz as memórias de Gottlieb, tanto como terapeuta quanto como paciente, compartilhando as inquietações de quatro personagens, os quais são seus pacientes com vivências bastante distintas, ao mesmo tempo em que ela conta a sua própria relação com Wendell, seu terapeuta, e o desenrolar de seu tratamento durante um processo traumático.

O leitor irá se surpreender ao ser capaz de se identificar com os relatos trazidos por Lori e ao se ver torcendo e se emocionando por cada um deles, mostrando o quanto a terapia pode ser necessária e transformadora para todos.

Torto Arado – Itamar Vieira Junior

“Torto Arado, eu penso nesse instrumento agrícola que atravessou um século, como os personagens o atravessam ao mesmo tempo. O Torto Arado é antigo, distorcido que não faz bem o seu trabalho, não faz sulco bonito na terra são até deformados e isso mostra essa distorção da sociedade, dessas pessoas que tem comportamentos terríveis, que tem de ser modificados e foi um título que se encaixou bem e para mim era perfeito.” — Itamar Vieira Junior

Torto Arado, romance do jovem escritor baiano Itamar Vieira Junior, antes mesmo de sua publicação, ganhou o Prêmio LeYa de Romance, em 2018, e teve seu lançamento em Portugal pela editora portuguesa LeYa antes de chegar ao Brasil pela Todavia, em 2019, onde, atualmente, está em sua sétima ou oitava reimpressão.  Em 2020, venceu os prêmios Jabuti de melhor romance literário e o prêmio Oceanos,  considerado um dos prêmios literários mais importantes entre os países de língua portuguesa.

Geógrafo de formação e funcionário público do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a partir de suas experiências teóricas e práticas relacionadas à terra, e dos conflitos historicamente produzidos em torno dela, Itamar Vieira Junior conduz o leitor a um mergulho no Brasil um tanto quanto desconhecido, principalmente por quem vive nas grandes metrópoles. Um Brasil que, após mais de 130 anos da assinatura da Lei Áurea, insiste em não acertar as contas com o passado escravocrata.

Torto Arado, mais que o título desta obra, representa um instrumento agrícola arcaico usado pelos antepassados das protagonistas na lida com a terra, atravessa o tempo para representar essa herança escravocrata de tantas desigualdades, marcados pela violência, a seca e também pelas crenças, lendas e religiosidades próprias da mestiçagem cultural e da ancestralidade africana. Trata-se de um livro atemporal, cuja história se passa no interior do sertão brasileiro e tem como centro da história a família de Zeca Chapéu Grande, um líder comunitário e espiritual, sua esposa Salustiana, e suas filhas Bibiana e Belonísia, descendentes de escravizados. 

#XôFakeNews: Uma História Sobre Verdades & Mentiras

"Já faz alguns anos que a Tina, personagem que criei em 1970, virou jornalista. A função combina demais com ela, pois a moça sempre detestou mentiras. E vê-la combatendo as fake News ao lado da Turma da Mônica Jovem não só me enche de orgulho, como transmite um recado poderoso ao público jovem: que qualquer informação deve ser transmitida e retransmitida com responsabilidade." Mauricio de Sousa, no prefácio do livro.

"Preocupados com a disseminação de notícias falsas, Mauricio e eu nos unimos para combater essa prática que tanto mal tem feito à humanidade. E não conheço ninguém mais preparado para enfrentar esse desafio do que a nossa querida jornalista Tina e a Turminha, que são capazes de engajar jovens no mundo inteiro."  Januária Cristina Alves.

A obra #XôFakeNews: Uma História Sobre Verdades & Mentiras, lançada em 2021, com texto de Januária Alves e ilustração de Mauricio de Sousa traz a personagem Tina, agora formada em Jornalismo e funcionária de uma agência de checagem de fatos, que decide se tornar uma influenciadora digital e cria uma página na internet para combater a desinformação.

O que Sobra (Spare) – Príncipe Harry

“Provavelmente há muitas pessoas que, depois de ler o livro, dirão: como você pode perdoar sua família pelo que eles fizeram? As pessoas já me disseram isso. E eu disse que o perdão é 100% uma possibilidade porque gostaria de ter meu pai de volta. Gostaria de ter meu irmão de volta. No momento, não os reconheço, tanto quanto eles provavelmente não me reconhecem”, disse o príncipe Harry.

Spare, o livro de memórias do príncipe Harry que no Brasil recebeu o título de O Que Sobra, traz revelações chocantes sobre sua infância, escola, a perda da mãe, sua carreira como membro da realeza e no exército britânico, além de detalhes polêmicos da sua relação conturbada com a Família Real, bem como sua deserção da família real após seu casamento com Meghan Markle e o nascimento de seu filho Archie Harrison.

O título Spare foi encarado como uma referência irônica ao velho ditado de que o filho mais velho herdará títulos e poder e um segundo irmão estará lá apenas para o caso de algo acontecer com o primogênito.

Assim, Harry entende que existe o herdeiro, Príncipe William, o próximo na linha de sucessão ao trono britânico e existe a sobra, ele, que é a pessoa que teria nascido para socorrer algum eventual problema de saúde do irmão William, ou até mesmo herdar o trono, caso acontecesse alguma coisa com ele.

Passaporte 2030 — Guilherme Fiuza

 [...] Estava tudo pronto para o início da Era da Harmonia. Mas a humanidade não quis. Jogou tudo isso fora. E o que levou tanto tempo para ser construído foi ao chão num instante. Destruir é sempre muito mais fácil e rápido. [...]


Passaporte 2030 — O sequestro silencioso da liberdade, o mais recente livro de Guilherme Fiuza, é o título não ficcional mais vendido no Brasil.  A nova obra de Fiuza vem recheado de sarcasmo, críticas políticas e sociais. Assunto sério tratado com humor e ironia, afinal qual o melhor jeito de falar da sociedade que se perdeu tentando se esconder.

O autor nos mostra as tragédias dos últimos 2 anos e meio. Fiuza mostra a realidade de forma elegante e até divertida, especialmente a covardia de tantos que defenderam uma falsa ciência à humilhação dos indivíduos.

Uma mídia militante e lobista travestida de consórcio pela vida. Políticos corruptos que nadaram de braçada na situação emergencial prometendo e jurando salvar vidas. População sendo espancada por querer trabalhar.

O autor levanta um debate sobre a nossa realidade e provoca os leitores a pensarem sobre o que é afinal a liberdade e como ela está em risco.

Para Onde Ela Foi? — Gayle Forman

 "Mas eu faria de novo. Faria aquela promessa milhares de vezes e a perderia milhares de vezes para tê-la ouvido tocar a noite passada ou vê-la esta manhã à luz do sol. Ou mesmo sem isso. Só para saber que ela estava em algum lugar aí fora. Viva."

Para onde ela foi é a continuação de Se Eu Ficar, sobre o relacionamento de Adam Wilde e Mia Hall após o fatídico acidente de Mia, há três anos.  Com a mesma força dramática do 1º livro, Para Onde Ela Foi aborda a tristeza da perda, a superação, a solidão, a depressão, a mágoa, o perdão, o medo de nunca mais amar ou de ser amado e o quão doloroso é viver.

A história ocorre em um único dia cheio de surpresas, que deixou de ser apenas mais um dia na vida de Adam. Ao virar as páginas, o leitor será conduzido a refletir o quanto as “tomadas de decisões” podem ser dolorosas e decisivas e o quanto as consequências interferem na trajetória de vida de qualquer pessoa.

"Quem quer que diga que o passado não está morto voltou ao tempo. É o futuro que já está morto, já acabado. Essa coisa toda foi um engano. Não vai me deixar rebobinar. Ou desfazer os erros que cometi. Ou as promessas que fiz. Ou tê-la de volta. Ou ter a mim mesmo de volta."

Assim como o primeiro livro, é impossível prever o desenrolar da história, já que em Se eu ficar o leitor não tem ideia se Mia vai realmente ficar ou decidir ir embora, e Para onde ela foi, não se tem ideia do que pode  acontecer com o casal protagonista. Uma história intensa que prenderá a atenção e despertará a curiosidade do leitor até a última linha.