As Aventuras de Pinóquio

Pinóquio, primeiro boneco falante da literatura, é um boneco de madeira esculpido por um entalhador chamado Gepetto — um pobre e solitário carpinteiro, mas de bom coração — que cansado da solidão fabrica um boneco de madeira que tem seu nariz aumentado toda vez que mente.

Pinóquio é um menino travesso que, muito embora tenha bom coração, não consegue resistir às tentações que encontra em seu caminho.

As Aventuras de Pinóquio — em italiano Le avventure di Pinocchio, Storia di un burattino — é um conto de fadas que descreve as aventuras de um boneco de madeira obstinado em sua busca para se tornar um menino de verdade.

Escrito pelo italiano Carlo Lorenzini — conhecido por seu pseudônimo, Carlo Collodi — com ilustrações de Enrico Mazzanti, Pinóquio é um clássico da literatura infanto-juvenil, publicado pela primeira vez em 1883 e em 1940.

A história original de Pinóquio narra sua evolução de simples boneco para merecedor da condição de "ser humano” que, em seu percurso de transformação, não só descobre todas as belezas do mundo, mas também aprende a enfrentar as intempéries da vida.

Assim, a vida de Pinóquio se divide entre ser bem-comportado e se divertir, entre cumprir os deveres e descobrir o mundo, entre falar a verdade e mentir. Pinóquio, na verdade, quer e precisa deixar de ser uma marionete! Marionete!!! Mas, afinal, o que significa ser uma marionete? Um boneco totalmente controlado por uma pessoa para entretenimento de adultos e crianças?

O fato é que Pinóquio não se contenta com o mundo que Gepeto — seu pai e também senhor que vende o seu casaco para comprar um livro didático para Pinóquio — lhe oferece e almeja superar suas primeiras limitações e assim garantir uma relativa e necessária independência em relação a Gepeto, portanto, o destino de Pinóquio, é o de todo homem — libertar-se!

Desde a sua publicação, o livro de Pinóquio tem sido traduzido para os mais diferentes idiomas e inspirou centenas de adaptações e referências, em todas as mídias possíveis.

No cinema, a versão mais conhecida foi realizada por Walt Disney, em 1940, que mesmo contando uma história muito diferente da que foi escrita por Collodi, foi considerada uma obra-prima do cinema de animação.

Muito embora o texto original de Pinóquio tenha circulado no Brasil, o lançamento em 2002 de novas traduções do original de Collodi despertou mais interesse no leitor brasileiro, principalmente a adptação da produção da Disney.

Publicações como a da Companhia das Letrinhas, com tradução de Marina Colasanti; das Iluminuras, com tradução de Gabriela Rinald; e da editora Martin Claret, com tradução de Claudio Gianfardoni possibilitaram boas oportunidades para crianças e adultos conhecerem melhor a verdadeira história de Pinóquio.

Além disso uma análise da obra foi relançada pela Companhia de Letras: Pinóquio, Um livro paralelo, de Giorgio Manganelli e Pinóquio As Avessas de Rubem Alves.

Considerando as inúmeras re-edições das "Aventuras de Pinóquio" — um sucesso mundial— poder-se-ia dizer que a história original de Pinóquio é muito mais rica e permite inúmeras leituras por público de diferentes idades.

O esforço de Pinóquio em converter-se num menino para valer, tem muito a ensinar não apenas ao leitor infanto-juvenil, como também a todos aqueles que não se permitem nenhum risco, nenhuma ousadia.

Deixa diversas lições, que por mais que sejam óbvias, é inegável que são mensagens atuais:

☼ não confiar em estranhos;

☼ saber escolher as amizades;

☼ não mentir, por que o nariz cresce!;

☼ suspeitar do caminho fácil para o sucesso e,

☼ não esquecer que, para expandir o conhecimento é preciso conhecer o mundo para ganhar novas experiências e aprender a tirar proveito de toda essa aprendizagem para obter uma vivência alegre e feliz.

Certamente, o leitor infanto-juvenil fará uma viagem inesquecível ao acompanhar As Aventuras de Pinóquio que erra, sofre e se transforma para deixar de ser um boneco de madeira e tornar-se um menino de verdade — gente!


Biografia

Carlo Collodi, pseudônimo de Carlo Lorenzini, 24/11/1826 — 26/10/1890 — foi um jornalista e escritor italiano do século XIX, famoso por haver criado o Pinóquio e combatente voluntário na Guerra de Independência de Itália, entre 1848 e 1860.

Publicou as obras "Gli amici di casa" e "Un romanzo in vapore” por volta de 1856. O seu primeiro livro infantil foi publicado em 1876 e intitulou-se "Raconti delle fate". Em 1877 escreveu "Giannettino" e no ano seguinte " Minuzzolo".

Em 1881, inicia a publicação de um periódico virado para o público infantil, o "Giornale per i bambini". Foi nesse peródico que originalmente foi publicada, em curtos capítulos, a "Storia di un burattino", História de um Boneco, o primeiro título do que veio a ser o livro mundialmente conhecido por "Aventuras de Pinóquio", a sua obra-prima.

Foi publicada em livro pela Felice Paggi - Libraio Editore, com ilustrações de Enrico Mazzanti, em 1883. Com o título de Storia di un Burattino (História de um Boneco), foram publicados os quinze primeiros capítulos, mas Collodi interrompeu a história no momento em que Pinóquio estava moribundo. Os capítulos recomeçariam, após algum tempo, já com o título que consagraria a história para sempre, As Aventuras de Pinóquio, completando assim os trinta e seis episódios originais da obra.


As Aventuras de Pinóquio
Autor: Carlo Collodi
Editora:diversas
Assunto: Infanto-Juvenis
Preço: De R$ 7,00 até R$ 27,90
http://livrospralerereler.blogspot.com

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Pinóquio — Uma História Mágica

Pinóquio — uma História Mágica, é um conto universal que encanta pela sua simplicidade e fala para as crianças de todas as idades. 

Considerada como uma das grandes obras da Disney, adaptada do livro As Aventuras de Pinóquio do italiano Carlo Collodi, Pinóquio — o menino de madeira — como qualquer garoto, é inocente ao ponto de acreditar numa promessa de um estranho e curioso o suficiente para colocar o dedo no fogo ou atrapalhar o sono do pai com suas perguntas: Por quê? Por quê? Por quê?.

Abaixo publicamos a mini-história do Pinóquio, editada pela Disney, a qual deixa várias lições, como não confiar em estranhos, saber escolher as amizades, não mentir e sempre suspeitar do caminho fácil para o sucesso.

Por mais que sejam óbvias, é inegável que são mensagens sempre eficientes e atuais para que você leitor: mamãe, papai, avó, avô, tia, tio e etc. possam ler e reler para seus pequeninos que certamente se deliciarão com os personagens muito carismáticos, desde um grilo até uma baleia Monstro, que representa a maior ameaça para nosso pequeno herói, sem contar o momento em que o nariz cresce em consequência das mentiras de Pinóquio — um garoto que tudo o que quer é ser um menino de verdade!

Era uma vez um velho carpinteiro chamado Gepeto que vivia numa aldeia italiana. Ele não tinha filhos, desta forma passava seu tempo construindo bonecos.

Um dia, Gepeto construiu um boneco de madeira muito bonito,quase perfeito e colocou o nome de Pinóquio e pensou alto: — Serás o filho que não tive, teu nome será Pinóquio.

À noite, pediu para as estrelas que seu boneco virasse um menino de verdade e, enquanto Gepeto dormia Pinóquio recebeu a visita da fada Azul que tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:

— Vou-te dar vida, boneco.

Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!

Ela deu vida ao boneco e prometeu que se ele se comportasse bem, o transformaria em um menino de verdade...

A Fada fez questão de criar um amigo para Pinóquio, o Grilo Falante que foi nomeado a consciência de Pinóquio.

Na manhã seguinte, quando Gepeto acordou, ficou radiante de alegria ao perceber que seus desejos se tinham tornado realidade.

Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo Grilo Falante — Pepe.

No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.

— Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres?

— perguntou a raposa.

— Não lhe dês ouvidos! — avisou-o Pepe.

Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo os tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.

— Comigo serás o artista mais famoso do mundo! – segredou-lhe o astucioso Strombóli. O espetáculo começou. Pinóquio foi a estrela.

Os outros bonecos eram hábeis enquanto Pinóquio só fazia asneiras ... Por isso triunfou! No final do espetáculo Pinóquio quis ir embora, mas Strombóli tinha outros planos.

— Fica preso nesta jaula, boneco falante.

Vales mais que um diamante!

Por sorte o grilo Pepe correu e avisou a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio.


Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia. — Não tenho casa! — respondeu o boneco.

A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele deu a mesma resposta.

Mas, cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.

— Não quero este nariz! — soluçou Pinóquio.

— Terás que te portar bem e não mentir!

Voltas para casa e para a Escola. — disse-lhe a Borboleta Mágica.

Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, passou a portar-se bem.

Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, Pinóquio encontrou pelo caminho João Honesto e Gedeão. Eles o convenceram a conhecer a Ilha de Prazeres, onde ninguém trabalhava.

Pinóquio, que gostava de aventuras, esqueceu que deveria consultar sua consciência. Seguiram a viagem em uma carroça que era puxada por burrinhos, muito infelizes.

Quando chegaram, Pinóquio saiu correndo, para conhecer a ilha. Era tudo muito bonito, cheio de doces e brinquedos.

Ele estava brincando, quando percebeu que suas orelhas estavam crescendo e ficou com medo de se transformar em um burro. Ficou muito assustado e chamou pelo Grilo Falante.

O Grilo perguntou a Pinóquio o que estava fazendo na ilha, ele começou a mentir, e a cada mentira seu nariz crescia.

Os dois acabam descobrindo que as crianças que vinham para aquele lugar eram transformadas em burrinhos.

— Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro? Levar-te-iam para um curral!

— Sim, vou contigo, meu amigo Pepe. Resolveram pedir ajuda para a Fada Azul, que tirou todas as crianças da ilha.

Quando voltou para casa, Pinóquio não encontrou Gepeto.

Estava procurando em uma praia, quando encontrou uma garrafa com uma carta dentro.

A carta dizia que Gepeto estava procurando Pinóquio no mar, quando foi engolido por uma grande baleia chamada Monstro.

Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada e entraram no mar para procurar Gepeto.

Perguntavam a todos os peixinhos que encontravam, se conheciam a baleia Monstro e dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.

— Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe.

— Saltemos para a água! Mas não puderam se salvar!!!

A baleia engoliu-os !!!


Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade e pai e filho se abraçaram de alegria.

— Perdoa-me papá.

— Suplicou Pinóquio muito arrependido.

Logo depois chegou o grilo, e os três juntos tiveram a idéia de fazer uma fogueira na barriga da baleia o que fez com que a baleia espirrasse forte, por causa da fumaça, jogando os três para fora.

A partir daí, Pinóquio, mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.
— Agora tenho um filho verdadeiro! Exclamou contentíssimo Gepeto.


Pinóquio — Uma História Mágica
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